Um pedido do Mago dos Raios


*= Boa noite a todos meus adorados ouvintes!
Podem  chegar mais perto que hoje não tocarei meu alaúde.
Hoje irei contar uma história que foi pedida por um grande amigo de minhas andanças.
Aqui com vocês meu grande amigo mago dos raios, Magno Algustus

- Mago dos raios? O que ele faz?   __ pergunta um dos ouvintes. O mago pergunta

= Como é o seu nome meu rapaz?

- Vivald senhor! Estou aqui todos os dias ouvindo meu amigo Aldah.

 = hummm Vivald vou explicar a voce o que faço.
Venho de uma dimensão que faz a limpeza do astral.

- Como senhor?

= Quando as pessoas morrem os espíritos ficam perdidos,  então eu sou chamado  para acalmá-los.
 Na dimensão onde ficam esperando serem limpos eu espalho granadas de luz, Essas granadas são ativadas por um comando mental meu..
Os espíritos são atordoados, perdem temporariamente a memória e ficam adormecidos.
De outro jeito serão presas fáceis para outros espíritos traiçoeiros..
Estas granadas de luz limpam e esterilizam o ambiente astral.
Por uma manipulação mental minha toda área fica limpa em nossa dimensão astral. 
Se perto dessa região houverem habitações ou pessoas físicas,  também sentirão os efeitos benéficos que minhas granadas de energia produzem,
Seus ambientes serão limpos e se sentirão tranquilos,  harmonizados e pacíficos.

- Oh isso é maravilhoso senhor Magno!

= Sim! è maravilhoso , mas agora vamos ouvir nosso amigo Bardo contar a história que eu escolhi para hoje.


*= Estão todos  bem acomodados? __ pergunta o Bardo

 - SIM BARDO ESTAMOS

 O Bardo senta-se na ponta da mesa, deixando uma das pernas arriada, apoia o antebraço na perna que esta apoiada na mesa e começa sua narrativa.

*= Diz a lenda que os navios voadores apareceram por causa de uma menina que tinha sido abandonada pelos colonizadores.
A muitos longos anos na minha tão amada Europa.
Entre os Celtas existiam muitas tribos subdivididas e algumas delas traziam de outros lugares colonizadores para que suas terras se estendessem, fazendo assim daquela tribo um reino.

- Mas Eldah os celta não nasceram na Celtica

- Qu eisso Venceslau? que Cetica? não existe esse pais.

*= Acalme-se Vivald eu explico. ___ o Bardo faloui rápido para acamar aquela conversa que com certeza levaria a pancadaria na sua Taberna.

*= Os Celtas eram os povos de família linguística indo-europeia que se localizavam no Oeste da Europa reunidos em diversas tribos.
A Civilização Celta começou a se formar a partir do segundo milênio antes de Cristo foram reunidas entre esse povo diversas etnias em tribos que ocupavam grande extensão territorial na Eeuropa.
Entre eles, estavam os constituintes mais famosos:__  os bretões, os gauleses, os belgas e os batavos,. Não foi por acaso, que esses nomes se tornaram denominações de grandes regiões do Império Romano e que mais tarde conquistaram enorme território.
Fora inclusive os Celtas que iniciaram a introdução das técnicas de manuseio do ferro e da metalurgia no continente europeu.

- Viu seu asno que Celtica o quê!

- Tá bom vamos deixa Eldah continuar.

*= Pois bem! Acontecia o seguinte:  Os Povos que buscavam terras sagradas vinham dos mares do Norte que na lingua dos Celtas traduziam-se "Céu"
Depois que eles encontravam a terra em que iriam fazer dela o seu território aportavam, descarregavam seus navios, e os trabalhadores que vinha colonizar a terra encontrada.
Esse povo vinha apertado nos navios em compartimentos de carga para trabalhar duro.
Eles vinham de muitas regiões e até outros países.
Precisavam de trabalho e os Capitães dos navios aproveitavam-se disso.
Assim que tudo estava em terra, eles queimavam seus navios para que os colonizadores não fugissem arrependidos.
Porque muitas vezes as terras eram áridas e eles viam que seria muito difícil produzirem algo nelas..

*=Vejam amigos, esses capitães dos navios não eram piratas e sim magicos, medicos, ferreiros, marceneiros, professores etc. e precisavam de mão de obra.
Quando os trabalhadores viam que não poderiam voltar se desesperavam, porque muitos deles deixavam suas famílias para tentar lhes dar uma vida melhor iludidos com o rabalho remunerado que lhe prometiam.
Para não serem expulsos ou escurraçados pelos habitantes das terras os capitãs que aportaram, lecionavam, medicavam e ajudavam com o sabiam ao povo a que eles invadiam as terras, passando a ser chamados por eles de deuses.
  - E foi assim que surgiu a Lenda dos Navios voadores entre nevoas no ocidente.
Porque os Celtas falavam dos navios que vinham do "céu" e que deixava toda a terra enfumaçada.
(os navios vinham do norte e deixavam toda a terra enfumaçada pelas queimadas de suas embarcações.  Eram chamados  de Deus por conhecer a medicina e curar) espalhando assim a Lenda de várias maneiras por todo o mundo.

Em uma dessas chegadas de navios colonizadores, trouxeram com eles   um casal que veio para morar, eram jovens e fugiram aproveitando essa chance de ficarem juntos,.
Cora de familha abastada e Pedro filho do alfaiate.
O casamento era proibido, a moça já possuia um noivo desde que nasceu.
Os dois casaram-se na ilha e trabalharam muito juntando economias para contruirem sua casa própria e talvez mais tarde comprar umas terras.

Passado um ano, tiveram uma  filhinha!
A que deram o nome de Mitra! Era  pequenina , muito debilitada, precisava de cuidados.
Cora precisou parar de trabalhar para cuidar da filha que ao em vez de se desenvolver, definhava dia após dia deixando cada vez mais triste a alegre e jovial Cora.
A vida do casal mudou totalmente, eles não aceitavam bem a sua pequenina, ela era um empecilio para seus planos.
Quando a pequena Mitra fez um ano ainda não andava Cora precisava leva-la presa as costas para trabalhar.
E o tempo todo a pequenina chorava, as vezes cansava de choraar e dormia por uns vinte minutos. Havia entre os trabalhadores dessa "leva"  um rapaz que nesses minutos trabalhava em dobro para que Cora ficasse um tempinho sentada, quietinha para que Mitra não despertasse com os movimentos que era feitos na marcenaria.
Cora ia para o lado de fora sentava e se recostava em uma árvore, ficava assim  quietinha esperando a pequenina dormir um pouco.
Seu amigo se chamava Galdino, era um marceneiro muito respeitado pelas suas belas peças.
Ele era só e gostava muito da pequena Mitra, muitas vezes durante a noite quando voltavam do trabalho ele vinha a casa de Cora pegava Mitra e a carregava até a beira do rio .
 Ela se sentia melhor ao se refrescar com a brisa da noite.
Sua mãe não poderia fazer isso, pois precisava preparar  o jantar.

    Os médicos não encontravam uma cura para a pequenina.
Cora procurou uma feiticeira, era sua ultima chance, quem sabe podeiria ajudar, ledo engano,!
Nem mesmo ela conseguiu fazer nada pela menina que sentia dores e tinha febre todo tempo..
Pedro passou a beber, não suportava voltar para casa e ver sua filhinha sempre a chorar.
O casamento de Pedro e Cora não existia mais, ele vivia em tabernas bebendo com meretrizes e não voltava para casa.
Cora cansada de tudo isso teve uma ideia horrível!

Em dois dias chegaria na aldeia novos navios com mais trabalhadores, ela passou a noite taramando em sua cabeça o que faria, e quando o marido chegou pela manhã para trabalhar ainda ébrio.
Cora aproveitou que ele estava cambaleante.
Amarrou-o e amordaçou-o para que ele não saísse na noite da desgarga do navio.
Deixou ele o dia todo assim a noite ele acordou sóbrio, ela o desamarrou tretirou a mordaça e contou a ele por que fez isso. Ela disse a ele.

- Pedro me ouve sem dizer uma palavra. Saímos de nossa terra para sermos felizes aqui com nosso trabalho, e nossa familia, mas não deu certo querido.

___ele tentou dizer alguma coisa, mas Cora o cortou.

- Me ouve até o fim depois voce fala. e continuou

- Nossa família desmoronou, voce não para mais em casa, não trabalha direito, nossas economias estão acabando, nunca compraremos nossa terra assim.
Nossa filha sente dores horríveis que não podemos fazer parar, ninguém ainda encontrou a enfermidade dela, então,  passei a noite de ontem pensando nisso e amadureci a ideia.
Hoje chegarão os navios.
Nos vamos ajudar a descarregar como fazemos, virão umas oito pessoas como sempre e, nós iremos nos oferecer para estar no pelotão que queimarão os navios .
Quando os navios estiverem em chamas eu vou me demorar em um deles, ( te direi qual deles na hora,  o que estiver mais fácil para meu plano depois que eu os ver).
Quando todos estiverem do lado de fora voce sentirá minha falta e tentará me salvar porque, estou com nossa filha,  claro não deixarão, porque eles têm as pessoas certas para isso,
Voce deve espernear-se, fingir que quer entrar no navio em chamas para dar veracidade, quando eu ver que o marinheiro do fogo está se aproximando, deixarei Mitra em um local que eles não vejam e fingirei estar sem sentidos
Ao meu lado haverá um barril de combustível que eu darei um jeito de derrubar, assim que ele me pegar no chão apavorado com as chamas que se aproximam.
O navio se queimara por inteiro e com ele Mitra deixará de sofrer.

= Cora!

__gritou Pedro que até então estava atônito com a frieza da mulher.

= Isso é muita crueldade! voce passou o tempo todo tramando contra a vida da sua filha e ...

- Cala a boca!

___Gritou cora

- Voce já a abandonou com sua dor desde que ela nasceu!
Não suportou seu sofrimento nos deixando sozinhas!.
Sou eu quem a ouço chorar durante o tempo todo sem parar!
Sou eu quem quando consigo adormecer tenho pesadelos com a agonia dela!
Então não me julgue!
Mitra vai parar de sofrer, nós vamos chorar um tempo, mas vai passar.
O que não podemos, é  dizer o mesmo de tanto sofrimento de nossa pequenina.

Pedro Pôs a esposa para fora do quarto e se trancou.
Permaneceu lá até ouvir os apitos dos navios aportando.
Então ele pegou seu chapéu beijou sua filha e disse 

= Vamos.

Os dois sairam em silencio. Cora carregando sua filha na algibeira que ela inventou e que ficava em suas costas. Nesse dia Mitra estava calada, como se soubesse que seu sfrimento findaria,
Mas seus pais nem perceberam isso tão grande era seus pensamentos sobre o que iriam fazer.
Trabalharam duro na descarga do navio, foram escalados para incendiar como queriam!
Cora disse a Pedro que ficariam com o Navio mais perto do cais O navio de cinco mastros o Kobenhavn! E assim foi.
Fizeram tudo como planejado. 

  Os marinheiros do fogo retiraram Cora do navio com a perna, o dorso e o braço do lado esquerdo queimados, quando ela tirou a tampa do barril ao ser salva. suas vestes ficaram presas e o fogo a lambeu com furor.

Depois de estar do lado de fora e o navio queimando começaram a gritar por sua filha.
O grito foi tão lancinante que todos acreditavam, e era verdadeira a dor que sentiam.
Mas sua filhinha não mais sofreria.

Tentaram apagar o fogo, porém foi em vão, não tinha mais como fazê-lo.
Os aldeões ajudaram pedro e Cora cuidaram das feridas, tentaram acalmar o coração do casal, dizendo que eram jovem e logo teriam outra cria, que Deus sabia o que fez, blá blá blá...
Essas coisas que todo mundo diz quando perdemos quem amamos.

O governador deu aos dois uma casa melhor pois a aldeia estava progredindo. E eles tiveram baixa trabalhando para ele.
Um mes depois do acontecido estavam todos comemorando o casamento da filha do governador, quando entrou um aldeão quase sem ar de tanto correr.
Seus olhos estavam esbogalhados os cabelos em pé e ele nao conseguia falar.
Até que conseguiu dizer algo entrecortando.

.- O Kob benhavn vol ttou ve i oo do "céu" sa saiu duma nevo...o aa.

- Para com isso!
O Kobenhavn foi queimado até as cinzas,. e voce entra assim assustando meus convidados? Está louco ou bêbado?

o Homem continuou a tremer e dizer

- Ele esta vindo voando!

- Como vindo voando?? é um navio não é uma águia.

- Fujam! Fujam! gritava ele

O governador mandou que o prendessem por aquela noite, para que a festa continuasse, não desperdiçariam tanto assado e hidromel.

Os guardas armados com lanças que prenderam o homem, adentraram a festa gritando.

- É verdade governador é o Kobenhavn!

-Voce também? Não tem como ser o Kobenhavn  ___Vociferou o Governador irritado

Mas Governador ! O Kobenhavn era o unico navio que possuia cinco mastros.

- Mas ele queimou homem!

-Eu vi senhor! mas ele esta v...
....
Antes que terminasse  de falar,  foi atingido por um tiro de canhão.
Que entrou pela parede da casa onde estava havendo a festa e saiu pelo outro lado levando junto o fiel guarda do governador.

Começaram a correr, a tropeçar uns sobre os outros até que chegaram a porta da frente e...
.....

- Continua Eldah. Pediram curiosos os ouvintes. ___ O Bardo continuou com muito suspense.

*= Ali!
Pairando sobre a cidade com seus cinco mastros!
Velas à pano!
Era uma noite sem vento, mas o Kobenhavn passava por sobre a cidade fazendo todos sentirem seu "vento aparente", na velocidade que o navio fazia "cinco nós".
Todos estavam estatelados sem saber o que dizer.
O pânico, totalmente  estampado nos rostos
.
O Kobenhavn! Agora era um navio fantasma... Um navio voador ....

Cora  incrédula, olha para o navio!
O mesmo navio que levou a dor de sua Mitra e vê reluzir uma fita branca tremulando amarrada no brandal de bombordo, como se a brisa entrasse em direção a popa.

Cora agarra no braço de Pedro que pensa que é só o medo.

Nesse momento o veleiro parou no ar.

Mas a fita continuou recebendo o vento pra trás em direção ao través de boreste.
A quilha rangiu como se alguem houvesse soltado o leme....

Ninguem se mexia,  tão grande era o medo, sabiam que não adiantaria correr os canhões estavam todos apontados para eles.

Cora teve um momento de lucidez e disse ao marido:

- Pedro .... Aquela é a fita da Mitra! A que eu coloquei nos cabelos dela aquela noite.

- Não diga bobagens!

Como estaria intacta? o navio queimou até as cinzas. -- disse ele e Cora retrucou

- Pedro esse que está diante de nós é o Kobenhavn onde matei minha filha.

Ouviu-se nesse momento o correr de algo no mastro descendo pelo pano da vela.
Todos ficaram em silencio como se fossem mudos, estupefados, quando na Proa Bulbosa do Kobenhavn apareceu de pé a pequena Mitra com a fita na mão.

A pequenina olhou em silêncio para todos que ali estavam, procurando com os seus olhinhos brilhantes como duas luas cheias, até encontrar seus pais.

Reinou um silêncio mórbido até que...
A Pequena Mitra gritou tão alto que ensurdeceu seus condenados.

 ++ CANHONEIRO ATIRE!!!.

Antes de atirar ele apareceu para o povo que gritou desesperado vendo a morte sem remédio.

Era Galdino!!
"O rapaz entrou no navio naquela fatídica noite, por ter estranhado que Cora não saia com a pequena Mitra e a fumaça poderia sufocar a criança.
Ao ver Cora deixando Mitra na cadeira do capitão e sair tentou dissuadi-la.
Cora estava sem tempo de negociar e fingiu que aceitou, mas de repente...
Empurrou Galdino que sem esperar, se desequilibrou caindo e batendo a cabeça.
Cora o deixou lá e correu, ela precisava ir para o ponto de encontro e não parou para ajudá-lo".

*= Pairado sobre nuvens flutuantes "O Grande Kobenhavn" O primeiro dos navios fantasmas chamado de "NAVIO VOADOR",
___ Operado por Galdino
___ Liderado pela pequena Mitra
___ O Navio Voador  Kobenhavn  Despejou sobre a cidade indefesa toda sua carga!
E Fez-se silêncio total.

Apenas uma pessoa foi salva para que essa história pudesse ser contada.
Depois desse dia, durante todos esses séculos Navios fantasmas tem despertado o medo e o fascínio do mundo inteiro, desde marinheiros até passageiros comuns,
Todos sentindo isso com a mesma intensidade!
Desaparecimentos misteriosos, naufrágios sem sobreviventes
Exitem muitos relatos de que um grande Navio de cinco mastros e flutuando em nuvens cintilantes aparece de repente em meio a um nevoeiro e pune severamente todas as pessoas que trazem dificuldades para o mar ou para criaturas que  nele Vivem.

Ao findar a História o Bardo olhou em volta, todos estavam paralisados.
Apenas +Magno A. Matias  O mago dos raios... Sorria... Ele enrolava e desenrolava  uma fita branca entre os dedos da mão esquerda...

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