O Bardo e a Fada

Depois de mais alguns metros de cainhada quase pedindo arrego
Terence e Marshal finalmente chegaram a taberna do Bardo
Já havia bastante ouvintes esperando que ele chegasse para lhes contar história e tocar seu alaúde.
O Bardo tocava entre as narrações e eram canções divinamente lindas.
Timberling/Piper The High Druid loved the music of the trees, and none could play them like he did.:
*- Olá amigo Terence! Bons ventos o trazem a minha taberna!
Vejo que tens companhia.

- Sim esse é Marshal meu companheiro de caminhada, veio das terras do norte, paramos para ouvir suas histórias enquanto descansamos. .... Marshal... Não gosta muito de histórias, mas eu o convenci.

*- Marshal! Oh! O famoso sábio de Vallina?

= Sim eu mesmo! E voce quem é rapaz? Além de contador de histórias...

*- Boa noite senhor Marshal!
Deixa eu lhes contar minha história de fundo para me conhecer melhor

*- Sou Eldah um Bardo! Fui um Menestrel na Europa muito famoso e requisitado por majestades de todo reino, até o dia que me revelaram ser filho de um Drow...
Eu fiquei muito contrariado com essa história, ainda mais quando passaram a me chamar de meio elfo. Soube que uma caravana de Bardos estava de partida para as terras do oeste e os acompanhei chegando até aqui, onde encontrei os tão famosos Drows que eu odiava. Hoje são meu melhores amigos.
Sentem-se e peçam bebidas!
Hoje lhes cotarei uma história que foi muito importante em minha vida.

= Prefiro arrumar um canto para descansar senhor Eldah.... Eu...
Antes que ele terminasse o Bardo falou:

*- Façamos assim se em dez minutos dos que eu estiver narrando minha história, o Senhor ainda quiser ir. eu lhe cederei meus aposentos para descansar.

Marshal aceitou, pensando que ficaria dez minutos ouvindo baboseiras depois dormiria em uma confortavel cama.
O Bardo coemçou. a narrar ... Silêncio total. Gostavam de ouvi-lo.

*- Quando eu cheguei a Florestaa Encantada vaguei por essas matas fechadas e me perdi durante uns dois meses, ficando sem alimentos, tendo que aprender a conhecer os alimentos da floresta.
Alimentos que eu pudesse ingerir sem perigo.
Precisava aprender para sobreviver, era inverno, estava  muito frio, algumas árvores estavam sem folhas, as sementes que eu estava acostumado a comer não existiam mais.
Fazer uma fogueira? era muito dificil, devido as camadas de gelo sobre os galhos,
Os pequenos roedores dificilmente saiam de suas tocas.
Sem mais o que fazer e com fome enrolei-me em cobertores e tentei encontrar uma caverna para não morrer de frio.
As pontas de meus dedos ja estavam congelando, a dor era insuportável, perambulei pela noite ate que encontrei um grande e velho carvalho retorcido, que me deu um abrigo perfeito,
Encolhi-me entre os ocos que formavam na velha árvore, me cobri como pude e comecei a rezar para os espiritos da floresta!
Nem sei porque fiz isso, já que eu odiava a condição de meio elfo.
Acho que talvez, por ver a morte tão próxima.
Quando terminei as oraões e estava soprando nas mãos o calor do meu interior para aquece-las, eu vi cair algo que brilhava. Eu pensei;
*- "não pode ser vagalume, é muito grande e também com esse frio nao conseguiria voar".

Nesse momento até esqueci do frio e fui averiguar o que havia caído.
*- Oh!!... Exclamei espantado
Era uma criatura um pouco maior que a minha mão abraçada a outra da mesma especie de cor diferente, estava como que protegendo de alguma coisa, de repente a luz foi apagando....
Fiquei sem saber o que fazer por alguns segundos,
E num impulso coloquei a mão tentando sentir se estavam vivos, senti o palpitar neles, com todo cuidado retire aqueles braços que apertavam a criaturinha como proteção...
E para minha tristeza a criaturinha abraçada estava mutilada.
Faltava uma perna, o pedaço de uma das asa, e tinha uma fenda enorme na cabeça,
entretanto, estava vivo.
A outra criaturinha estava sem vida. tinha o corpinho perfeito, nenhuma mutilação, mas estava morto.
Senti tanta dor por aquelas criaturinhas que estavam ali nas minhas mãos e eu não podia fazer nada. peguei com todo cuidado trouxe junto ao peito como se pudesse abraça-los e sofri por eles, senti minha alma despedaçada.
A criaturinha mutilada acordou do desmaio gemendo, ela sentia tanta dor que me cortavaa o coração, não tinha ajuda naquele lugar.
   Sem saber a razão como movido por uma força invisível, eu peguei no meu pescoço um medalhão de Ônix que faltava uma pedra, (ele era como um amuleto para mim desde que sai do meu País.) colocquei sobre o corpinho da criaturinha viva e disse uma oração.
Palavras avulsas, ditas pela minha alma sentida.
Por entre minhas lágrimas vi uma fumacinha sair do corpo da criaturinha que eu orava,
a fumaça foi encorpando e se transformou em uma luz laranja.
subiu acima da minha cabeça e desceu com força entrando no meu medalhão.
Eu pasmei. O que eu tinha feito??
Retirei o espirito da criaturinha e prendi no medalhão?
Meu Deus e agora?
O que eu vou fazer com ele?
Ainda atordoado como se saisse de um transe,
sem entender o que eu havia feito apertei com força meu medalhão entre as mãos e disse.

*- me perdoa meu Deus eu só quis dizer uma oração.

Coloquei novamente o medalhão no pescoço.
Peguei com cuidado os dois corpinhos enrolei cada um em uma grande folha,
cavei com as mãos uma cova profunda para enterrá-los,
eu não podeiria deixá-los ali para serem devorados por animais carniceiros.
Coloquei o corpinho mutilado no fundo da cova ajeitei bem para colocar o outro do lado,
com certeza não iriam querer se separar na morte.
Em seguida peguei o outro corpinho enrolado deitei-o no fundo da cova
ao lado de seu parente, enchi a mão de terra para enterrá-lo,
E... Eu tive um súbito e encrencado pensamento. Claro que era um pensamento sem nenhuma noção.

*- "Essa criatura esta tão perfeitinha e quente ainda, não teve hemorragia e se...
NÃO!!! Será que eu poderia fazer o contrário?
Eu consegui por alguma força superior colocar a alma no meu amuleto.
O corpo ainda está quente, não custa tentar, não estarei fazendo mal algum a essa criaturinha".

Movido de coragem e motivado por uma grande esperança retirei o corpinho da cova com cuidado, olhei bem se estava realmente perfeito, se não foi furado por alguma lança, se as asas estavam intactas, estava tudo bem, graças ao Criador!
Juntei folhas miudas, flores, arrumei direitinho para que ficasse macio e  fiz uma cama
 ajeitei as asinhas do pequenino ser e o deitei sobre ela.

Comecei a dizer uma oração que vinha do fundo do meu coração:
*- eu disse assim

*- Senhor ou Senhora da Floresta!
Eu não os conheço, não sei os seus nomes,
Mas eu creio em suas existências
Muitas vezes vos maldisse pela minha situação
Mas estou arrependido depois de ter visto tudo isso
Me perdoa e me ajude a conseguir o meu intento
Eu creio com toda minha alma que voces existem
Preciso da vossa ajuda!
Humildemente eu voz imploro que me auxiliem neste momento...
Sou um Menestrel que fugiu de suas terras para matar seu pai, um Drow
O que com toda certeza não farei mais e pedirei perdão a ele
Não sou mago, nem feiticeiro, mas meu coração transborda de amor.
Amém

Ao terminar minha oração senti um vento me jogar para trás
Em seguida uma luz prateada surgir diante de mim,
De dentro dessa nebulosa um feixe de luz em forma de mão
Veio em minha direção enviando luz
Que delicadamente teceu em torno de mim uma aura colorida como um arco-íris.
  Ouvi uma voz suave que invadia todo meu ser quando disse-me.

*Filho meu! Você pequeno Eldah tem a magia no coração,
Magia que vem de muitos séculos.
Transmute-se!
Sinta o amor de gaia!
Está em você o Dom da sabedoria.
Sinta seu coração!

Sinta a magia dentro de ti e se for do seu desejo terás o entendimento.
Use-o com discernimento!


Quando o Maravilhoso ser acabou de falar
a aura em torno de mim se tornou tão intensa que meu corpo ficou muito quente.
Como febre muuito alta.
Ainda tremulo eu peguei o amuleto no pescoço...
O calor era tão intenso, que quase  minava os meus sentidos,
Como se eu soubesse o que fazia, sem pestanejar...
Inspirei o espírito que havia capturado do corpinho mutilado
para dentro do meu próprio corpo.
Em seguida segurei entre as mãso o corpinho perfeito
Trouxe bem junto ao meu rosto abri a boca da criaturinha com cuidado
E  expirei para dentro dela o espírito que havia capturado,
Após o primeiro sopro, o espírito saiu naturalmente de mim,
como se houvesse encontrado seu lugar.
A aura em torno de mim começou a esfriar
e foi desaparecendo.
A luz que veio em meu auxilio tambem desapareceu.
Ainda encantado, exultante e agradecido!
Coloquei o dedo indicador sobre a testa da criaturinha inerte
e disse uma oração em agradecimento,
Nem mesmo eu acreditava nas palavras que brotavam da minha boca, do meu coração.

 Cobri a criaturinha com meu cobertor e fiquei esperando se aconteceria algo.
Depois de muito tempo senti sono, com medo de adormecer
e algum animal vir capturar meu amiguinho
puxei a caminha para bem junto do meu corpo e o protegi com os braços,
cobri-nos e adormeci.
  Senti um calor gostoso no rosto, acordei assustado!
Era o sol que me banhava morninho.
Nesses meses de inverno o Sol era fraco, mas muito gostoso.
De repente senti algo estranho...
Meu corção estava batendo do lado de fora do peito.
Lembrei de tudo que houve na noite anterior quem sabe poderia ser
Causado pelo que eu fiz.
Eu levei a mão assustado no peito e senti que havia algo em cima de meu coração,
Eu havia me virado durante a noite e trazido junto a criaturinha
Fazendo-a ficar sobre o meu peito e o coração dela batia forte como o coração de gaia.
Eu levantei devagar o cobertor e dois lindos olhos azuis me espreitavam.!
Abaixei o cobertou para respirar e ver se não era sonhos.
Com a emoção em polvorosa levantei outra vez o cobertor...
Uma voz suave como som de violino me disse

- Olá! onde estou e quem tu és?
*:
Eu retirei o cobertou de uma só vez e a criaturinha flutuou.
Batendo as assinhas tão rapido que ao nosso redor formou um alcochoado de brisa morna.
Depois foi epalhando por toda floresta em poucos minutos,
haviam desenas delas ao nosso redor reverenciando a pequenina que eu curei.
Eram criaturinhas lindas e de todas as cores, multicolores.
Com um aroma de flores que me deixava tonto.
A criaturinha vestida de folhas secas, com cabelos maiores que ela e asas duplas de borboleta,
chegou bem perto do meu rosto e perguntou novamente.

- Quem és? Preciso lhe agradecer.

Falei balbuciando encantado

*- Sou Eldah um Menestrel e estou perdido onde é aqui.

A criaturinha fechou os olhos esticou o corpinho batendo suas lindas asas alaranjadas e disse:

- Aqui é a Floresta Encantada!
- Eu sou Davey Rainha do Inverno!
Um Elemental do ar com poder sobre o clima,
Uma Fada das terras altas, quero agradecer em nome do meu povo.
Esta que voce fez viver dentro de mim é Karlin rainha da primavera minha irmã.
Ela gosta de dançar entre as folhas das árvores
Fazendo redemoinho e levantando as folhas secas..
Nós fomos apanhadas por um bruxo que precisa de nossos poderes para suas poçoes.
Eu posso me transformar até a estatura de um humano ou um pouco maior... Assim

A criaturinha rodopiou e se transformou ali, na minha frente
Em uma mulher bela, com longa cabeleira branca o rosto azulado pelo frio, incriveis olhos azuis. como aumentou de tamanho estava completamente nua... Maravilhosa..  - e continuou

- E minha irmã Karlin é assim.

Rodopiou  novamente e se transformou em fadinha de cabelos laranja,
muito bela, esbelta, vestida de folhas secas e musgo. Adornada com frutos da estação - e me disse.

- Serei eternamente grata a você. É uma honra para mim residir no corpo da minha irmã.

Eu perguntei sem entender.

*- Afinal quem eu salvei?? -  Ela respondeu

- Voce salvou as duas. E eu vou te dar um presente!

Juntaram-se todas as fadinhas em uma roda , ela falou algo com as fadinhas que desapaeceram e logo a seguir voltara entregando algo a ela.
   Karlin se transformou em Davey pegou uma pedra azul que as outras fadinhas trouxeram,
Chegou perto de mim me deixando tonto com seu aroma e a visão de sua beleza nua.
Pediu meu amuleto.
Colocou nele a pedra naquele compartimento vazio e disse.

- Isso é um Rubi sagrado!

*-Rubi? Eu perguntei. - Mas Rubis são vermelhos.

- O verdadeiro Rubi é azul meu amavel Eldah.
Essa é uma joia sem clivagem
É uma Joia insuperável um polimorfo do elemento carbono,
*quatro vezes mais duro que o rubi vermelho,
*com Dez no topo da escala de dureza,
*é transparente no comprimento de onda do ultravioleta ao infravermelho.
Foi um presente que eu dei a Karlin e agora é sua. .
É um presente de coração, não é um agradecimento.
É uma joia mágica!
Você poderá usá-la! Mas só em caso de extrema necessidade,
Pois voce  precisara  quebra-la.
Só você com seu amuleto de ônix  tem o poder de quebrá-la.
Lembre-se Aldah! Só poderá ser usada uma única vez.
Use-o com discernimento.

Nos tornamos grandes amigos. E ja participamos  grandes missões juntos.
Vencemos todas as batalhas e graças aos céus não precisei quebrar meu Rubi.

*- Bem amigos essa é a minha história de hoje espero que tenham gostado.

Claro que tinham gostado, estavam todos paralisados olhando o Bardo, alguns até com olhos vermelhos, Deve ter sido algum cisco..
.
Terence olhou para Marshal e disse convencido?

- Voce gostou da história!
Claro que gostou não foi dormir na cama quentinha do Bardo.

Marshal respondeu tossindo com a mão na boca...

= Foi interessante!
Me distraiu para esquecer as dores nos pés, mas convenhamos,
Amigo de uma Fada??
O ser mais arisco dessas florestas?
Foi uma boa história.
Até qualquer dia Bardo! Quem sabe eu venha ouvir suas anedotas.

*- Anedotas senhor???

Retrucou o Bardo notavelmente aborrecido
De repente ficou em silêncio como se ouvisse o conselho de alguém e disse ao Sábio;

*- Tudo bem senhor Marshal! Volte quando quiser ... Estaremos esperando.

= Estaremos?? Retrucou o Sábio desconfiado da sanidade do Bardo.

*- Sim ela disse que quer estar presente na próxima história que eu lhe contar.

= Ela quem Bardo?
Está me fazendo de bobo ou está doente da cabeça de tanto inventar casos para contar a essa turma de beberrões?

Nesse momento um aroma de flores invadiu o recinto e uma vozinha muito suave disse entre sorrisinhos maliciosos

- Eu senhor! Karlin!

O sábios firmou os olhos, no ombro do bardo  a fadinha vestida de folhas secas e musgos sorri batendo as asinhas.
Sem voz o sábio faz reverencias com a cabeça enquanto ela continua

- Ou se preferir Davey.

Uma bela mulher de cabelos brancos, olhos azuis e minusculas vestes transparentes senta-se sobre o balcão na frente de Marshal
O sábio faz reverencias e despede-se encantado.

= Boa noite senhores! Senhorita! Até mais ver...

Os dois saem da taberna de costas com seus chapéus apoiado sobre o peito....
La de fora ouvem as risadas altas e alegres de Karlin... ou de Davey....
Ah amigos só vendo para terem certeza...
 


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